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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

E O GUERREIRO SE FOI


Em Janeiro de 2012 Fabrício completaria quatro anos de Cruzeiro. Completaria, mas o nosso guerreiro buscou novos ares. Um contrato melhor nos tirou sua garra, sua raça, sua técnica. O jogador vai defender outras cores. Sua vontade, posso apostar, era de ficar, mas se a nossa diretoria abriu mão do seu futebol, fazer o quê? São eles que comandam, são eles que sabem o que é o “melhor” para o clube.


Andaram falando que o custo beneficio do atleta era alto. Como assim? Um cara de grupo, líder, que sempre chamou a responsabilidade para si, que defendia as cores do clube contra tudo e contra todos. Qual torcedor não tem uma historia para contar do volante Fabricio? Quem não participou no twitter do famoso #fabriciofacts? Quem não gritou com orgulho no Mineirão ou na Arena da Raposa o famoso cântico ‘Fabrício Guerreiro’?

Também andaram falando que o Guerreiro já estava fechado com o São Paulo há mais de seis meses. Inverdade. O jogador esperou, aguardou que a nossa diretoria o procurasse e nada. Seis meses e nenhuma conversa, nenhum acordo. Queriam o quê? Que ele simplesmente esperasse a boa vontade de nossos dirigentes? A oferta do São Paulo foi melhor, um contrato de três anos, contra uma oferta de dois anos oferecida pelo clube celeste. Você torcedor, que trabalha, faria o quê? Trocaria seu trabalho atual por uma oferta de emprego melhor? Aposto que sim. Porque ele que é profissional e tem uma carreira muito curta, não pode aceitar? Talvez estamos sendo um pouco radicais e hipócritas. Todos nós buscamos melhorias para as nossas vidas.

Fico pensando. Como não gostar de um cara que falou para um radialista que trabalha em uma das maiores emissoras de rádio de Minas Gerais: “galo para você que é intimo”? Como questionar a capacidade de um atleta que enfrentou o rival local 13 vezes, venceu nove, empatou uma e perdeu apenas três? Como não respeitar o ser humano que honrou com tanta dignidade o manto azul em todas as vezes que ele o vestiu?
Por isso tudo e pelos outros feitos, que provavelmente esqueci, duvidar do amor que esse guerreiro jogador teve por essa camisa azul é uma grande injustiça. É desrespeitar o atleta que dedicou quatro anos de sua vida ao Cruzeiro Esporte Clube, e o fez com muito respeito e dedicação.

Boa sorte em sua nova caminhada, Fabrício. E obrigado pelos serviços prestados ao nosso clube.

Obs.: Acho que ninguém sabe disso. Em 2009, quando vencemos o São Paulo no Morumbi por 2 a 0, pela Libertadores, o jogador Fabrício ficou de fora devido a uma lesão. Como o atleta não participou do jogo, ele pegou o seu bicho e dividiu entre a turma que trabalha na lavanderia, na grama, enfim, entre os menos abastados que trabalham na Toca da Raposa II.

3 comentários:

  1. Eu Carlos Roberto firmo como verdadeiro o presente comentário feito pelo amigo e irmão Rodrigo Genta

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  2. Eu juro que não entendo esse pensamento da diretoria. Sabem muito bem que a China Azul queria a permanência do Fabrício!
    O que é custo benefício para esses cabeças-de-bagre? Só dentro de campo?
    Não! Futebol se faz também fora dele!
    Se Gilvan fosse mais inteligente, ofereceria mais 1 ano de contrato ao guerreiro azul!
    Agradaria imensamente a Nação Cruzeirense.
    Eu estou muito chateada com a não-permanência do nosso guerreiro...
    VOLTA, FABRÍCIO! ACOOORDA, GILVAN!!

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